Dedico esta poesia à minha história
Nos novos caminhos
Que dei à vida
E ela a mim
Quanta presença
Se tornou ausência
Presentificando lembranças
Lembranças boas e penosas
Quanta presença
Mergulhou no vazio
Esquecimentos!..
Distanciei de uns
Aproximei de outros
Não quero voltar
Só lembrar o que ficou lá atrás
Atrás da vida que vivo hoje.
Lembro e esqueço o que fui
Só não dá para esquecer o que sou agora.
Sigo com saudades
Não quero ficar
Mas me vejo ficando
Em todos os lugares que passei
E em todos lugares que ainda hei de passar.
Sigo criando
Sofridas ausências
Saborosas presenças.
Usufruo o presente
Que foi futuro um dia
Que será em breve passado.
Ontem
No passado de meu presente
Já não sou eu quem está lá
Sou outra.
Vivo hoje
O futuro de meu passado
Sou presença de um eu
Que já foi tantos
E há de ser tantos outros ainda.
Procuro por mim
No futuro de meu presente
Não me encontro
Me desencontro de quem sou.
Encontro outra
Não me vejo
Vejo alguém familiar,
Um pouco parecida comigo
Talvez o meu Eu renovado
Um Eu que não sou eu.
Você que não é você
Também está lá!
Muitos já não estão
Seres novos e desconhecidos hoje
Com certeza estarão
Quem somos?
Somos outros
Estranhos a nós
Diferentes de nós mesmos aqui agora.
O aqui agora de lá
Não é o mesmo daqui
E de tudo que planejamos Ser
Somos e não somos!
Assim somos nós,como uma minhoca que fura os labirintos ocultos da terra procurando os furos que ontem eram e hoje são e daqui a pouco não será.
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