Dedico
esta poesia à lamentável, mas às vezes, necessária, porta de saída de nossa
vida
CAPACHO
QUISERA PISAR EM MINHA ALMA
COMO QUEM LIMPA OS SAPATOS
NO CAPACHO DA PORTA DE ENTRADA
VOLTANDO EM DIA CHUVOSO
DO BARRENTO CEMITÉRIO SEM CALÇAMENTO
ENTRETANTO
COM O BARRO DE SEU CALÇADO
ESCULPÍ A SUA SEPULTURA
E A PORTA DE ENTRADA DE MINHA VIDA
TRANSFORMOU-SE PARA TI
EM PORTA DE SAÍDA
