sábado, 18 de julho de 2015

CÁRCERE DA LIBERDADE


Dedico esta poesia à nossa tão temida liberdade




MINHA LIBERDADE SOBREVIVE
VIVE ENCARCERADA EM SEUS PRINCÍPIOS
VOA COM SUAS ASAS
VÔO RASO
CONTROLADO POR SEU RADAR

APRENDI A PENSAR COM SUA CABEÇA
CONSTRUIR VALORES QUE NÃO VALORIZO
VALORES SEUS.
APRENDI A QUESTIONAR
QUESTÕES SUAS

APRENDI A GOSTAR DO QUE GOSTA
GOSTO MEU...
DESGOSTO PRA TI
GOSTO  SEU TEM SABOR DE APROVAÇÃO
GOSTO MEU, REJEIÇÃO.

APRENDI A ANDAR COM SUAS PERNAS
SEGUIR SEU CAMINHO.
COM MINHAS PERNAS
TROPEÇO NOS MEUS DESCAMINHOS
  ME AQUIETO FRENTE SUAS RASTEIRAS

APRENDI A OLHAR COM SEUS OLHOS
FUREI OS MEUS
VIVO DE TUA LUZ OFUSCANTE
AFOGO EM MINHAS TREVAS DELIRANTES
TODA VEZ QUE OLHO PRA MIM

APRENDI A TOCAR COM SUAS MÃOS
MINHAS MÃOS...
SÓ PRA CUMPRIMENTAR AS SUAS
TOCO NA INSENSIBILIDADE
PRA NÃO SENTIR MEU VAZIO


APRENDI TANTA COISA
QUE NÃO DEVERIA APRENDER
APRENDI APRENDER
O QUE ME É SOLICITADO
IGNORAR-ME

ANALFABETO DE MIM
NÃO FAÇO MINHA LEITURA
NÃO CONSTRUO MEU MUNDO
VIVO DO ALTO ALUGUEL DE SEU MUNDO
PRA NÃO ME SENTIR SEM TETO

QUISERA EU
CORRER O RISCO DE SER EU
NÃO SER MAIS VOCÊ
SER ERRANTE
MAS, SER

QUISERA EU
VOAR, PENSAR, GOSTAR,
ANDAR, OLHAR  E APRENDER
COMIGO E COM O QUE SOU
COMIGO E COM O QUE POSSO VIR A SER

SOU EU
E POSSO VIR A SER MAIS DO QUE EU
NEM MAIS E NEM MENOS DO QUE VOCE
APENAS EU

LIVRE

ALÉM


Dedico esta poesia ao João, um grande amor que compartilha vida à minha vida



Bem aquém dos meus sonhos
Existia a solidão
Que devorava uma vida
Que não lhe cabia
Pois estavas lá
Em outro lugar
Distante da infelicidade
Semeando sua presença
Em minha alma faminta de ti.
Nos jardins de minha vida
Germinaste e cresceste tanto
Tanto quanto João
João e o pé de feijão.
Escalando-me
Chegou ao pico de meus sentimentos
Enfrentou o gigante
Que me fez sentir pequena
Libertando-me e conduzindo-me
Além de tudo que ousei sonhar
Além do mais...
Te amo!


VOVÓ AÍDA

Dedico esta  poesia ao meu grande tesouro: minha mãe, vovó Aída


Quem é esta Vovó tão completa?
É a vovó que todo mundo quer ter
Vovó pra todos
Vovó pra tudo
Vovó das crianças, adolescentes e adultos
Vovó dos animais, das plantas e moribundos


De onde vem a vovó tão falante?
Da pequena cidade de Diamante
Linda e rara como esta pedra
O seu brilho intenso é que medra
Mineira e sagitariana
Pouco falta pra atingir o nirvana


O que faz a vovó tão feliz?
Todos querem ser dela aprendiz
Sem problema que lhe esquente a cabeça
Dá impressão de criança travessa
Mas o que sabe fazer de verdade
É exercer o amor e a bondade


O que faz a vovó com prazer?
Alimentos pra fortalecer
Na culinária do corpo e da alma
Merece de todos uma salva de palmas
Como formiga trabalhadeira
Não pára nem mesmo com erva cidreira


O que torna a vovó jovial?
A pureza de ver e viver
É cega e surda pra coisas do mal
Protegendo seu mundo com o bem magistral
Na vida coloca energia e magia
Seguindo sorrindo sem melancolia


Que defeito a vovó apresenta?
O vô diz que ela gasta demais
E os espertos lhe passam pra trás
O problema pra ela onde fica?
É na conta do vô que petisca
E os espertos da lista, nem sempre ela risca


Qual o sabor da vovó?
Sabor de pureza e alegria
Tempera cada prato da vida
Com a essência de sua energia
A frequência de seus sentimentos
Acalenta qualquer sofrimento



Vovó Aída
É o seu nome
Abundância
Seu codinome
Quem quiser lhe conhecer
Deve seu blog, eleger



COMUNHÃO UNIVERSAL



DEDICO ESTA POESIA AO CASAMENTO



SE EU PUDESSE
CONTROLAR TUDO
EU CONTROLARIA O MEU DESEJO
DE TUDO CONTROLAR
SEM CONTROLE SOBRE MIM
EU SERIA EU MESMA
AUTÊNTICA E NATURAL
SEM CONTROLE SOBRE TI
NÃO TEMERIA PERDER-TE
AMANDO-O SEM TRATOS
SEM CONTROLE SOBRE A VIDA
RESTARIA-ME VIVER
VIVER CADA SEGUNDO
 COMO SE FOSSE O ÚLTIMO
CASANDO MEUS MEDOS
COM A CORAGEM DE ENFRENTA-LOS
CASANDO MINHA VIDA
COM O PROJETO DE MINHA ALMA
E, SEM CONTROLE DE NADA
CASAR COMIGO MESMA
EM REGIME  MATRIMONIAL
DE COMUNHÃO UNIVERSAL 
DE BEM COM A VIDA



terça-feira, 14 de julho de 2015

MINEIROCA

Dedico esta poesia a todo carioca e ao Rio de Janeiro

O Ministério da saúde informa
Carioquice pega!
Eu bem que tentei evitar
A história que vou lhes contar
No auge de meu preconceito
Carioca
Um mal sem conserto
Esse fogo que incendeia este ser
Eu fugi pra não ter que viver
Eu bem que tentei evitar
 Mas, não tive como escapar
Pra não ter que me relacionar
Passeava bem longe de lá
O Rio..,
Só na Globo, e olhe lá
Mas eis que de dentro do meu ninho
Apareceu um carioca no caminho
Eu bem que tentei evitar
Mas foi com ele que escolhi me casar
Tropecei nos seus palavrões
De porra a caralho
Em Copacabana, eu malho
E este mar azul
Me mudou de norte a sul
Eu bem que tentei evitar
Mas neste Rio maluco
Eu encontrei o meu lar
Furei o sinal vermelho de meu antigo preconceito
E trafego por gostosas carioquices
Tomo água de coco
Vou à paria
Subo a serra
Deixo pra depois o que não precisa ser hoje
Me esforço pra chegar atrasada
Faço trocadilhos
Mas não sei ainda contar piadas
Diversão é meu lema
Cabeça quente, só de sol
Ando de chinelo havaiana
Mais solta e sensual
E a violência que eu não quero viver
O Cristo é quem vai resolver
Eu bem que tentei evitar
A história que acabei de contar
Mas dizem que carioquice pega
Eu só sei que mineira sem carioca
É só mineira, uai
Mas mineira com carioca
É mineiroca
O ministério da saúde informa

Carioquice pega!