quarta-feira, 30 de maio de 2012

É ASSIM QUE TE VEJO


Fiz esta poesia quando fui secretária de saúde do município de Rio Casca MG. Trabalhava, incansavelmente, no sentido de mudar o conceito de saúde tão deturpado na atualidade. Foi um grito de alerta dirigido a todo usuário do SUS que se ocupava, prioritariamente, da doença se esquecendo de se dedicar à saúde.

 


Te vejo caminhando em direção à fila do SUS
Não te vejo fazendo caminhadas
Te vejo solicitando exames ao doutor
Não te vejo examinando a própria vida
Te vejo tomando remédios para ficar forte
Não te vejo procurando a força dos alimentos
Te vejo tomando calmantes
Não te vejo  acalmado pela diversão
Te vejo querendo o médico
Não te vejo querendo o amigo
Te vejo tratado pelo médico
Não te vejo se tratando com amor
Te vejo reclamando dos problemas
Não te vejo pensando em soluções
Te vejo procurando motivos para parar
Não te vejo procurando motivação para seguir
Te vejo raivoso
Não te vejo  cultivando a paz
Te vejo preocupado com o futuro
Não te vejo ocupado com o seu presente
Te vejo tratando da sua doença
Não te vejo tratando da sua saúde
Te vejo temendo a morte
Não te vejo chamando a vida
Enfim, te vejo cego sem querer enxergar
Saúde como qualidade de vida

segunda-feira, 21 de maio de 2012

FEITA


 
Dedico esta poesia aos feitos da vida, nem sempre perfeitos

 

Queria ter sido perfeita
Mas nem a vida foi perfeita o suficiente
Para manter-me junto de ti

Imperfeita
  A vida nos fez a desfeita 
De criar distância entre nós

Per ou Im
A vida não se importa
Importa apenas que seja feita

Feita para viver
Feita para morrer
Feita e desfeita   
 
Nos feitos da vida
Que seja feita a sua vontade
Que seja feita a minha vontade  

E a nossa vontade?
Que seja feita
Jamais desfeita

   


domingo, 13 de maio de 2012

MÃE


   
 
DEDICO A PRIMEIRA POESIA A TODAS AS MÃES.
 A SEGUNDA, ESPECIALMENTE, PARA MINHA MÃE



MÃE

Mãe natureza
Mãe cósmica
Mãe divina
Mãe 
 
Mãe de todas as raças
Mãe de todas as crenças
Mãe de todos os  jeitos
Mãe

Mãe alegre ou triste

Mãe tranquila ou agitada

Mãe moderna ou careta
Mãe

Há tantas formas e jeitos de mães
 A forma perfeita
Chamamos todos os dias
Mãe!


“MINHA MÃE”: A MINHA BELA POESIA”

Mãe
 
Já tive muitos medos
O maior deles
Perder-te
Sua constante e eterna presença 
Ganhei a cada dia

Já tive muitos sonhos
Dentre eles, a admiração
Conquistei a maior
Sempre vinda de ti 
Mais que admirar; te amo!
 
Mãe
És tão mãe!
Se deixou de ser algo
Foi para ser mãe
Conseguiu sê-la inteira e perfeita

Mãe
Suas imperfeições são perfeitas
Feitas na medida certa
Para uma mãe que ama
Sem medidas

Mãe
Mãe minha
Mãe de minhas filhas
Mãe da mãe que sou
Mãe de todos

Lá vai uma retrospectiva
De um momento que se eternizou
Da criança que de poesia pouco sabia
Declamando todos os dias

“Mamãe
Vem “lilimpar”
Mamãe
Vem me peidar”

Mãe
Se não lembrares
Quero apenas que saiba
Que além de ótima lembrança
Foste a minha primeira poesia