O Ensaio de Criação de Luana Couto - "A PELE E A ROUPA", me instigou reflexões de certa forma poética : A GENTE SE VESTE DE QUE?
DE NÓS MESMOS E DO OUTRO
QUANTAS VESTES NOS APRISIONA
QUANTAS VESTES NOS TRAVESTE
QUANTAS VESTES NOS SUFOCA
QUANTAS VESTES DIZ TANTO
E AO MESMO TEMPO DIZ TÃO POUCO DE NÓS MESMOS
QUANTAS VESTES NÃO DIZ NADA
E A NOSSA PELE SEMPRE AQUI
TOCADA E RETOCADA POR ELAS
TALVEZ SEJA NECESSÁRIO NOS DESPIR
NOS TOCAR
E NOS VESTIR DE SER
SER SOBRETUDO
EXPERIÊNCIA DE SER
TANTOS EUS
TANTOS SERES
MUTÁVEIS
DIFERENTES
DO QUE FOMOS
DO QUE SOMOS
DO QUE SEREMOS
E A NOSSA PELE SEMPRE AQUI
MARGEANDO TODOS OS SERES
QUE DAMOS E NÃO DAMOS CONTA DE SER
