]
Dedico esta poesia a este cão muito amado chamado "Chorão" e a tantos outros como ele envenenados pela maldade e perversidade de um homem considerado "Homem de Bem" na minha pacata cidade mineira - Rio Casca.
Dedico a seus pais adotivos, Aricele e Marcelo, pela acolhida, pelo amor profundo e incondicional e pela busca de justiça ao mal que lhe foi provocado.
Dedico ao meu cão Bidú, à minha gata Chica, ao meu gato Cotoco cujas evidências de suas mortes repentinas e inexplicáveis, indicam que, possivelmente, tenham sido, também, mais uma vítima deste lamentável mal.
Dedico ao veterinário Lucas que não teve tempo de salva-lo, mas salvou tantos outros.
Dedico a quem se dispõe lutar pelos animais e compartilhar a nossa luta, nosso amor e respeito a todos eles.
Na minha procura
Por versos de amor
Tropecei no inverso
Sórdido perverso
Averso ao amor
Pelo mal travestido
Pelo dito e maldito
"Homem de bem"
Mais um amor se foi
Bendito amor
Chorão Manhoso
O mais carinhoso
Abraçava o amor
Com seu dengo choroso
Que Vira Lata amoroso!
Deste amor que se foi
Dentre tantos outros
Abandonados e acolhidos
Vai ficar a saudade
Várias histórias de amor
Fica o choro
De quem fica
A luta de quem perde
A denúncia de quem ama
Fica o asco ao carrasco
Na calada covardia
O carrasco se escarra
Peçonhento e perigoso
Age frio e sorrateiro
Inoculando seu veneno
No inferno ele reina
Com seu fogo incendeia
Incinera o amor
Com a brasa sempre acesa
Nunca apaga o desamor
Seu "renomado anonimato"
Absolve o seu mal
Com tramas veladas
Afrontas seladas
Goza livre no final
Se pela justiça dos homens
A conta não chegar
Mais cedo ou mais tarde
A vida reedita e dita
Ao mal o seu mal